22.9.09

C.Mestre Chuvisquinho


Lindemberg Souza, más conocido en el mundo de la Capoeira como Contra Mestre Chuvisquinho, nació el 26 de Junio 1979 en Belohorizonte, MG, Brasil y es hijo de Gutemberg Moreira de Souza y Dalva Lucia de Lima. Chuvisquinho es la tercera generación ‘Capoeirista' de la familia. Su abuelo Manoel Zacharias Rodriguez fue el primero en practicar Capoeira y el fue alumno de Mestre Brasilia de la Associação de Capoeira São Bento Grande. El siguiente en practicar Capoeira fue su padre Mestre Chuvisco, fundador y presidente de la Associação de Capoeira Mandingueiros dos Palmares (A.C.M.P.). Mestre Chuvisco fue alumno de Amadeu Martins, Grao Mestre Dunga, de la Associação De Capoeira Cordão De Ouro - Eu Bahia - A Senzala, quien hoy en día es considerado una leyenda viva de la Capoeira.



Video producido por la Revista Capoeira para la sección "O menino é com, bata palma pra ele" sigue la entrevista aqui:

O Menino é bom bate palma para ele...A capoeira entrou forte, na vida do mineiro “Chuvisquinho”

A capoeira entrou forte, na vida do mineiro “Chuvisquinho”. Ainda jovem, foi morar nos EUA com sua família em busca de um futuro melhor.Hoje tem um trabalho consistente ensinando a nossa arte aos americanos. A seguir “Chuvisquinho” conta um pouco da sua trajetória.


“...Sou um menino na capoeira, mas se eu pudesse dizer algo aos que estão chegando, eu diria que capoeira é arte de unir povos...” – me baseio muito nesse conceito. Portanto, deixe que a humildade seja seu cartão de entrada em qualquer lugar. Ser humilde é dádiva de poucos. Humildade não é sinônimo de “ser bobo”, portanto treine, pois muitas vezes, na roda você é cobrado. E você é o que você treina. Nunca desanime de seus sonhos e metas, acredite no seu potencial, lute pelo o que você acredita, defenda a sua bandeira e lembre-se: toda planta tem uma raiz, não existe aluno sem professor, mesmo que um dia você cresça e se torne um professor de capoeira, você sempre será aluno daquele que te ensinou, valorize a pessoa de seu mestre, pois ele é a fonte principal de seu conhecimento e faça dele seu maior referencial
dentro do mundo da capoeira...”
(Contra-Mestre Chuvisquinho)

Qual foi o seu primeiro contato com a capoeira?Venho de uma família de capoeiristas, sou da terceira geração: tudo começou com meu avô Manoel Zacarias Rodrigues, o “Paraíba”, que foi aluno do mestre Brasília. Depois veio meu pai, Gutemberg Moreira de Souza, “Mestre Chuvisco”, que foi aluno do renomado Grão-Mestre Dunga. Minha mãe era capoeirista, meu pai mestre de capoeira, não tinha como ser diferente. Fui gerado dentro dessa energia. Então, costumo dizer que aprendi capoeira ao mesmo tempo em que aprendi a engatinhar. Aos dois aninhos meu pai já me levava pras rodas de capoeira com ele, pois eu já dava minhas piruetas e levantava a perna na tentativa de uma meia lua...(risos).
Em 16 de Setembro de 1986, no primeiro evento realizado por meu pai, aos sete anos de idade, recebi a minha primeira graduação - o cordel verde - na presença de vários capoeiristas da nossa capoeira mineira, tendo como meu examinador, no dia, o Mestre Mão Branca. E assim fui, dia a dia, trilhando meu caminho dentro do mundo da capoeira, seguindo a trajetória de meu Pai.

Para você, a Capoeira é um hobby, uma profissão ou uma passagem na sua vida?Uma profissão, sem sombra de dúvidas. Foi-se o tempo quando a capoeira era só uma vadiação. Hoje em dia ela exige muito mais do capoeirista, lhe proporcionando a abertura de um leque ainda maior que o espaço físico da roda de capoeira. Fiz dela meu modo de vida. Vivo dela, desenvolvendo um trabalho do ensino da capoeiragem, em academias, projetos governamentais e escolas da rede pública.

Para você, o que é capoeira?Capoeira pra mim é literalmente o ar que eu respiro, é minha filosofia de vida, meu modo de viver, minha profissão. A capoeira me proporcionou grandes alegrias na vida: meus filhos, meus alunos, meus amigos. Costumo dizer que foi uma semente que meu pai plantou dentro de mim, e aos poucos a semente foi brotando. Sem capoeira na minha vida não sei como seria. Dela faço o meu dia a dia, em tudo consigo ver uma co-relação com a capoeira - amigos, família, lugares, alegrias, tristezas, ganhos e perdas... Capoeira é a energia que me move.

Um momento marcante, na roda de capoeira?
O dia da minha formatura foi um dia que marcou minha vida. Não pelo fato de estar sendo formado contra-mestre, mas por estar sendo formado por aquele homem que me ensinou a arte da capoeira e as tantas lições da vida, na presença de grandes nomes da capoeira. E ver meu mestre, meu pai, se emocionar ao me entregar minha corda.

Quando um capoeirista se destaca, todos querem saber sobre seu treinamento. Como é o seu?Tenho uma vida meio corrida - dou aulas em diferentes localidades, horários diferentes. Tenho o costume de fazer a minha aula toda junto com meus alunos. Treino junto com eles e, às vezes, principalmente no verão, dou três, quatro aulas por dia. À parte, normalmente umas três vezes por semana, treino quedas, saltos, acrobacias. Sempre que posso, vou à academia dar uma malhada, mas bem que na minha opinião, o capoeirista não precisa ser grande fisicamente pra ser grande dentro da roda. O físico é apenas um conceito estético, que é valido e eu até admiro. Mas não tenho muito tempo, infelizmente, por isso enfatizo meu tempo em treinar mais a capoeira em si, além de que, é bonito ver na roda de capoeira quando o pequeno fica grande.

Os que crescem na Capoeira têm sempre a idéia de fundar um grupo próprio. Quais suas pretensões quando fundou o Sinhá Capoeira?Veja bem: eu nunca tive a pretensão de fundar um grupo de capoeira pra mim. Quando me desliguei das atividades diárias da Associação de Capoeira Mandingueiros dos Palmares, onde tive minha formação ao longo dos meus 27 anos, por motivos internos, de repente eu me vi de um dia pro outro sozinho. Passei um ano sem nome, só dando aulas, até que veio a necessidade de dar uma denominação ao trabalho, pois a própria capoeira te pede isso. Aí vem a cobrança dos alunos, da própria comunidade capoeirística. Então, no dia 25 de março, eu junto com meus alunos fundamos o SISTEMA INTEGRADO E NÚCLEO HIERÁRQUICO DA ARTE CAPOEIRA – SINHÁ CAPOEIRA. À primeira instância, o Sinhá Capoeira foi simplesmente o não querer estar sozinho, sem a pretensão de se ter um grande trabalho como os grandes grupos de capoeira, e sim um trabalho com base firme, pequeno mas sólido, que aos poucos vai conquistando seu espaço, voltado para o aprendizado da capoeira na sua totalidade, dando continuidade ao que aprendi com meu mestre, mesclado ao que aprendi com o pouco de experiência que obtive através dos anos.

Hoje, no Brasil, todo bom capoeira quer incluir em seu currículo ao menos uma viagem ao exterior. Para você que mora nos EUA e conhece a capoeira ensinada aí fora, o que acha disso?Acho válida a saída do Brasil pra vir conhecer um pouco da capoeira que sai dos horizontes brasileiros, mas simplesmente pelo fator de intercâmbio cultural, porque capoeiristicamente, a fonte a se beber água é Brasil. Isso é inegável. Mas é importante que o capoeirista que tem a oportunidade, viaje. Aqui fora ele entende um pouco melhor a importância da união na capoeira que, na minha opinião, aqui no exterior é mais forte.

O que levou você a ensinar capoeira nos EUA?Na verdade não saí do Brasil com o propósito de vir ensinar capoeira - saí por opção familiar. Mudamos para os Estado Unidos, como tantas outras famílias, em busca de uma segurança maior, de um futuro melhor, e a capoeira foi acontecendo aos poucos, foi todo um processo. Não cheguei aqui e fui direto dar aulas de capoeira. Trabalhei muito ao lado do meu pai, na construção civil, restaurantes etc. A vida, num país completamente diferente da nossa cultura, não foi fácil. Mas aos poucos fui me adaptando. Fui pra escola aprender o idioma e depois de um bom tempo é que veio a oportunidade de começar a dar aulas de capoeira. Primeiro tive lado a lado com meu mestre: ele dava aulas e eu só treinava. Em meados de 2001 é que comecei a dar aulas sozinho, mas sempre presente nos treinos do meu pai. Em 2006, quando me desconectei do grupo, foi quando me enfatizei mais seriamente no meu próprio trabalho.

Em sua opinião, como está a capoeira nos EUA?Quando cheguei aos Estados Unidos, há 10 anos atrás, a capoeira já estava implantada na sociedade norte-americana. Mas ainda existia certa diferença nas rodas, às vezes na energia da roda, na bateria... Hoje em dia as rodas daqui não deixam nada a desejar pras rodas que acontecem no Brasil. É lógico que Brasil é nossa raiz, é onde mora o dendê... mas no que diz respeito a nível técnico, a capoeira daqui, eu diria que está de igual pra igual, pois a cada dia a capoeira daqui está mais forte, com líderes bem capacitados, verdadeiros profissionais da capoeira, que ensinam essa arte que encantou o mundo. É muito natural você chegar numa roda e ver um instrutor ou professor norte-americano, cantando, tocando, trocando energia na roda, como qualquer brasileiro. Como diz Mestre Chuvisco, “a capoeira não é do brasileiro, ela é de quem treina”.

Percebemos que no exterior, nos eventos realizados na capoeira, sempre existe a presença de diversos Mestres que fazem um trabalho no mesmo país. Você acha que nos EUA existe uma união maior entre os grupos de capoeira?Com toda a certeza, pelo fato de estar fora do Brasil, o capoeirista que aqui chega vê a necessidade do intercâmbio com outros grupos, pois sozinho ele se ilha. Se ele vier com a mentalidade de “eu não me misturo, cheio de marra”, ele pouco irá aparecer no cenário da capoeira aqui. Portanto, os grupo são mais unidos aqui sim, proporcionando melhores rodas, aulas, workshops, eventos, rodas de rua, até mesmo show , pois é a coisa mais normal ver capoeiristas de diferentes grupos fazendo um único show de capoeira. A capoeira aqui nos Estados Unidos, no meu ponto de vista, é bem mais unida, pois o capoeirista aprende a valorizar a pessoa amiga do outro grupo e não a camisa que ele vista, além de ser uma oportunidade para nós, professores da capoeira e nossos alunos, de participar de eventos com a presença dos grandes nomes da capoeira atual.

Em sua opinião, qual a reação dos americanos que assistem à capoeira pela primeira vez? Você acha que existe preconceito?Não, hoje em dia se a gente faz uma roda de rua, logo logo chegam um, dois, três e assim vão se juntando os gringos. Aqueles que a vêem pela primeira vez se fascinam pela beleza de seus movimentos, pelo canto, pela energia que ronda a roda de capoeira, alem do fator mídia que conta muito. A capoeira está inclusa em diversas propagandas, filmes... então, tem sempre aquela coisa - já tinham visto ou na TV ou na internet, e quando vêm pessoalmente, se apaixonam por ela. Aqueles que nunca tiveram um contato visual com a capoeira, se embalam na musicalidade e na presença cênica que a capoeira tem.

Você tem pressa de ser mestre?Não! Não tenho a pretensão e nem interesse nenhum em receber o título de mestre de capoeira tão cedo. Em minha opinião, é o trabalho junto à capoeira e à comunidade capoeirística que irá mostrar, com o passar dos anos, o meu merecimento. Tenho uma estrada muito longa ainda a ser percorrida. Apesar da pouca idade, somente 28 anos, tenho 21 só de capoeira. Mas ainda tenho muito o que aprender, tenho muito o que conhecer e ser conhecido. Acredito que ainda estou aprendendo a ser um contra-mestre, quem dirá mestre! Meu mestre costuma dizer que a fruta só dá no tempo. Ainda falta muito pra minha bagagem até eu chegar lá! No dia em que o meu Mestre achar que é hora e achar que eu mereça e que estou pronto, nesse dia receberei das mãos dele o titulo de Mestre, porque a maestria é só o tempo quem dá. É o tempo que te faz mestre!

Como definiria o seu tipo de Capoeira?Sempre digo aos meus alunos que na minha estrada com a capoeira e na minha vida pessoal, eu uso o efeito esponja: absorvo o que é bom pra mim, o que não é bom eu deixo de lado. Então, acredito que meu estilo de capoeira é baseado na capoeira da atualidade, uma capoeira rápida, precisa, graciosa, agressiva e manhosa. Tudo depende de como o berimbau pedir, como o jogo se desenvolver. Mas se eu pudesse qualificar, eu diria: uma capoeira rápida, influenciada pelos tantos estilos existentes hoje, uma capoeira acrobática bonita, que procura aprimorar seu nível técnico, na sua evolução diária, mas que tem na sua essência uma característica firme da Capoeira Regional, referência essa fundamentada na raiz que meu mestre me ensinou.

Você se considera um capoeirista completo?Considero-me um capoeirista pronto! Não completo, pois sempre temos o que aprender. É aquele velho ditado: “não existe quem saiba tudo e não tem o que aprender, e nem aquele que não saiba nada e não tenha o que ensinar”. Sem querer ser pretensioso, eu jogo, eu canto, eu toco, eu faço boas cantigas - daquelas que te chamam pra um duelo ou daquelas que te emocionam e te fazem chorar. Já bati de frente com alguns dos “peixes grandes”, conquistei meu espaço, sou confidente. Portanto, acredito sim que sou um capoeirista pronto. O tempo simplesmente nos molda e aumenta nossa experiência. E vivência!... Completo? Não sei – preparado, eu diria.

Fale um pouco sobre seu trabalho atual...
Sinhá Capoeira é um trabalho novo, acaba de nascer. Dou aulas em diferentes localidades: Northeastern University, uma das grandes universidades daqui de Boston, desenvolvo um trabalho com crianças, nas escolas púbicas de Boston, academias e um centro cultural. Além da sua base em Boston, o Sinhá Capoeira tem no Brasil vários núcleos de treinamento. Na Europa temos um núcleo novo em Madri, na Espanha, e a partir de janeiro, estaremos contando com mais um centro de cultura na cidade de Lisboa em Portugal. Como antes citado, o Sinhá Capoeira é um trabalho novo, uma semente plantada. Seus frutos veremos no futuro, onde todos trabalhamos num esforço coletivo para difusão do nosso ideal. Não gosto da conotação de “grupo de capoeira”. Somos um sistema de pessoas integradas pelo mesmo interesse – o “aprender capoeira”.

Você acredita na união da capoeira? Acredito num entendimento um pouco melhor entre os capoeiristas, na união de idéias, porém na unificação da capoeira não, pois entram anos e saem anos, a capoeira cresce, mas a mentalidade dos capoeiristas, sem querer generalizar, continua a mesma. E eu lutando pela minha verdade e fulano lutando pela verdade dele, sendo que ninguém é dono da verdade. E pelo fato da capoeira carregar esse rótulo “LUTA DA LIBERDADE”, confundem liberdade de expressão com liberdade de interesse próprio. Levou algum tempo pra existir um melhor entendimento a respeito das graduações.

Uma alegria e uma tristeza na capoeira...Uma alegria - no dia 25 de março de 2007, lançamento do Sinhá Capoeira, um evento que contou com a presença de mestres vindos do Brasil e Europa, além dos tantos que vivem aqui nos Estados Unidos. Três dias de muita capoeira, um evento que, com certeza, ficou na lembrança daqueles que estiveram presentes. Um verdadeiro encontro de bambas, como foi intitulado o evento.
Uma tristeza - o dia em que vi que a minha caminhada junto aos Mandingueiros dos Palmares tinha chegado a um ponto crucial. Que daquele momento em diante eu seguiria meu caminho sozinho - uma tristeza que veio acompanhada de um aprendizado.

O que você acha da Revista Capoeira?Um meio de comunicação que a capoeira precisava, o principal portal onde todos os capoeiristas têm a oportunidade de mostrar um pouco de seu trabalho. Sinto-me lisonjeado em ser o primeiro capoeirista daqui dos Estados Unidos a ser escolhido pela Revista Capoeira pra mostrar um pouco de meu trabalho. Infelizmente, já faz um bom tempo que não a vemos nas bancas. É hora dos capoeiristas acordarem e cada um fazer sua parte para que possamos tê-la novamente impressa. Todos nós, e principalmente a capoeira, só temos a ganhar. Uma revista dinâmica, de um nível profissional encontrado nas grandes revistas. A minha opinião é que a Revista Capoeira está de parabéns, só precisando que os próprios capoeiristas lutem um pouco mais por ela.

Por fim, a sugestão feita a todos os que participam desta seção: deixa aqui a sua mensagem aos capoeiristas.Sou um menino na capoeira, mas se eu pudesse dizer algo aos que estão chegando, eu diria que capoeira é arte de unir povos – me baseio muito nesse conceito. Portanto, deixe que a humildade seja seu cartão de entrada em qualquer lugar. Ser humilde é dádiva de poucos. Humildade não é sinônimo de “ser bobo”, portanto treine, pois muitas vezes, na roda você é cobrado. E você é o que você treina. Nunca desanime de seus sonhos e metas, acredite no seu potencial, lute pelo o que você acredita, defenda a sua bandeira e lembre-se: toda planta tem uma raiz, não existe aluno sem professor, mesmo que um dia você cresça e se torne um professor de capoeira, você sempre será aluno daquele que te ensinou, valorize a pessoa de seu mestre, pois ele é a fonte principal de seu conhecimento e faça dele seu maior referencial dentro do mundo da capoeira... E quem sabe um dia a gente se encontra por essas rodas da vida...
Iê! Viva o meu mestre!

RÁPIDAS NA CAPOEIRA
Livro: A Saga do Mestre Bimba
CD: Sinhá Capoeira – Destino
Golpe: Martelo
Música: Meu Mestre, Meu Guardião – cd Destino
Mestre que já se foi: Mestre Bimba
Mestre antigo: Mestre Dunga
Mestre novo: Mestre Chuvisco
Estilo: Regional Contemporâneo
Destaque: Mestre Chuvisco
Lugar: Belo Horizonte
Marca: Martelo Cruzado
Ninguém merece: Falsidade, covardia
Uma boa roda: a do meu Mestre e, com muita saudade, as da Praça Sete (BH).

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